Aluna do curso de Enfermagem - FJN

sexta-feira, 4 de março de 2011

GIARDIA LAMBLIA

ENTIDADE MÓRBIDA: Giardíase, giardíase ou lamblíase.

EPIDEMIOLOGIA

O ecossistema infectivo da G. lamblia é composto pelo hospedeiro humano que elimina os cistos nas fezes, normalmente, moldadas binucleados ainda imaturos, que sofrem processo de divisão nuclear nestes locais, chegando ao estágio tetranucleado no máximo em dois dias, tendo resistência em condições adequadas de temperatura e umidade, por meses nestes locais, a forma de infecção é passiva oral, por ingestão de cistos, tendo como principais veiculadores a água e alimentos e secundariamente contato oral com mãos, região peri-anal e outras partes cutâneas contaminadas. Apesar de poder existir transmissão mecânica por moscas e baratas coprófagas, a importância epidemiológica de tais elementos é baixa. Estas condições de transmissão de ciclo monoxenico direto permitem uma dispersão tipo cosmopolita, porém, com maior prevalência em regiões tropicais e subtropicais onde acima das condições favoráveis de preservação em meio externo (3 meses ou pouco mais), existem precárias condições sanitárias e4 também pela grande resistencia do cisto às condiçòes de meio externo, podendo se manter viáveis por vários meses. No Brasil, a prevalência geral oscila entre 4 a 30% . A imunidade protetora já discutida é confirmada pela maior taxa de infecção incidir em população 8 meses a 12 anos, caindo significativamente na fase adulta.

SINTOMATOLOGIA

Até dois terços das pessoas infectadas com este parasita não tem qualquer sintoma. Quando os sintomas aparecem, eles podem surgir de repente e serem óbvios ou podem piorar lentamente. Tipicamente, os sintomas iniciam de 1 a três semanas após a pessoa ter sido exposta e incluem:
● Diarréia aquosa;
● Cólicas;
● Inchaço (distensão abdominal);
● Náuseas, com ou sem vômitos;
● Gases;
● Fezes que flutuam ou que são extraordinariamente com mau cheiro;
● Perda de peso;
● Intolerância ao leite e aos laticínios na dieta, que não existia antes;
● Febre baixa;
● Perda de apetite;
Alguns dos sintomas podem levar vários meses ou mais para começar porque são causados por mudanças graduais no revestimento do intestino. A Giárdia lamblia interfere com a capacidade do corpo de absorver as gorduras, assim as fezes podem ser mais gordurosas durante o período da infecção de Giárdia. Isto explica por que as fezes podem flutuar e têm mal cheiro.

CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA

Nas fezes diarréicas onde predominam as fornas trofozoíticas que tem apresentam grande fragilidade, o exame direto, com posterior coloração pelo lugol ou outros corantes apropriados, facilmente identifica essas formas parasitárias. Nas fezes moldadas, onde encontraremos grande número de cistos, os métodos de concentração são os mais indicados, por sua sensibilidade, como exemplificado pelos métodos de Faust e col. e de Ritchie. Para tentarmos anular possíveis períodos de negatividade, em função da eliminação de pequeno número de cistos, é conveniente o uso de soluções conservadoras como o de MIF, para coleta de várias amostras fecais (comumente 3), e posterior entrega do conjunto ao laboratório que processará o material fecal assim conservado, em técnica(s) conveniente(s) como por exemplo a de Ritchie.

PROFILAXIA

Em função da características epidemiológicas acima enumeradas, como em outras Parasitoses intestinais de transmissão passiva oral, as medidas mais eficientes neste campo são a educação sanitária da população, a busca de casos, principalmente em população infantil e de escolares, seguida de tratamento específico. Algumas das medidas sanitárias de importância seriam: Tratamento de água e esgoto, cuidados gerais na feitura de refeições, corte de unhas e lavagem das mão após defecar, entre outras.

TRATAMENTO

Até recentemente, o tratamento da giardíase era feito com sucesso empregando-se a furazolidona (Giarlam); entretanto, em vista da resistência ao medicamento, novos produtos têm sido indicados. Entre esses, temos: metronidazol (Flagil), tinidazol (Fasigyn), omidazol (Tiberal) e secnidazol (Secnidazol). Recentemente, alguns anti-helmínticos, do grupo dos benzimidazóis (mebendazol e albendazol), têm sido empregados no tratamento da giardíase. Estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de se comparar albendazol e metronidazol quanto à segurança e à eficácia no tratarnento
da giardíase em crianças. Diante dos resultados obtidos até o momento, alguns autores têm considerado que o albendazol é tão eficaz quanto o metronidazol no tratamento da infecção por Giardia, com a vantagem de apresentar poucos efeitos colaterais.


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