Aluna do curso de Enfermagem - FJN

domingo, 8 de maio de 2011

Ancilostomíase



    Agentes etiológicos Ancylostoma duodenale e o Necator americanus 

 
   
                     Hospedeiro: o homem é o unico hospedeiro  e a única fonte de infecção. Pode ocorrer   parasitismo em  outros  mamíferos, que  são hospedeiros de outras espécies de ancilostomídeos,   porém, os mesmos  não completam sua evolução no organismo humano, podendo entretanto,  determinar, a Larva Migrans Cutânea.
adultos: São cilíndricos, esbranquiçados, apresentam cerca e 1 cm de comprimento.  Possuem cápsula bucal característica, tendo a forma de expansão globular na extremidade anterior, cuja função é fixar o helminto, no tecido intestinal.  A cápsula bucal apresenta paredes internas espessas com estruturas cuticulares pungitivas em forma de 3 pares de estruturas que lembram dentes, no A. duodenale e lâminas cortantes no  N. americanus.
ovos: Elipsóides de casca fina e transparente, massa embrionária francamente acizentada com 4 a 8 células no início de sua formação e espaço entre si e a casca nesta fase largo, porém, sofrendo redução de acordo com o desenvolvimento embrionário, culminando com formação de larva.

 larvas: As larvas que emergem dos ovos são chamadas de rabditóide pois o esôfago apresenta região anterior cilíndrica, pseudo bulbo na região intermediária e bulbo posterior e são encontradas no solo (L1 e L2).As larvas infectantes apresentam esôfago filarióide (longo e cilíndrico) e ficam em fase estacionária até receberem estímulo do hospedeiro (L3).


  Ciclo biológico: Os ovos dos ancilostomídeos depositados pelas fêmeas (após a cópula), no intestino delgado do hospedeiro, são eliminados para o meio exterior através das fezes.  No meio exterior, os ovos necessitam de um ambiente propício, principalmente oxigenação, umidade e temperatura elevada.  São condições indispensáveis para que se processe a embrionia, formação da larva rabditóide de primeiro estágio (L1) e sua eclosão.  No ambiente, a L1 recém-livre, apresenta movimentos serpentiformes e se alimenta de matéria orgânica e microrganismos (por via oral), devendo, em seguida, perder a cutícula externa e formar uma nova, transformando-se em larva rabditóide de segundo estágio (L2), que também tem movimentos serpentiformes e se alimenta de matéria orgânica e microrganismo, começa a produzir uma nova cutícula, internamente, porém mantém o antigo tegumento (agoira cutícula externa) passando então a se transformar em larva filarióide de terceiro estádio (L3), que é a forma infectante.  A L3 por apresentar uma cutícula externa que oblitera a cavidade bucal, não se alimenta, mas tem movimentos serpentiformes que facilitam a sua locomoção.  A L3 é a única forma dos ancilostomídeos infectante para o hospedeiro.  A infecção se da pela penetração ativa das larvas, através da pele, conjuntiva e mucosa, seguindo o seguinte trajeto: Circulação linfática/ sanguínea  ® veia cava ® coração ® pulmão (L4) ® traquéia ® faringe ® laringe (ingestão) ®® estômago ® intestino delgado (L5) ® crescem amadurecem ® fêmeas e machos no intestino.   Outro mecanismo, que se mostra de menor importância é o esôfago passivo oral, por ingestão de  L3, tendo como veículos  alimentos ou água, ou ainda por contado direto mão-solo.
Profilaxia:  Pelas razões já expostas na epidemiologia, a educação sanitária baseada principalmente na construção de redes de esgoto ou fossas e tratamento dos dejetos, uso de calçados, tratamento dos parasitados após o diagnóstico,  hábitos higiênicos principalmente quanto ao local de defecação e de não se utilizar de fezes humanas como adubo na agricultura.

domingo, 1 de maio de 2011

Trichuris trichiura

É um  nematelminto característico por apresentar um com duas partes distintas, uma anterior afilada correspondendo a aproximadamente dois terços do seu comprimento e outra posterior, dilatada. A parte anterior compreende apenas o esôfago do tipo tricuriforme e a posterior abriga os demais órgãos dos aparelhos digestório e genital. os ovos Medem de 45 a 65 m de comprimento por 20 a 25  m de largura, com aspecto típico de barril ou bola de futebol americano e massa mucóide transparente nas duas extremidades (opérculos polares).
Transmissão: Passivo oral.   Os  ovos  contendo larva  infectante  no seu   interior  são extremamente resistentes no meio ambiente, assim tendo a chance de serem disseminados pela água e mais raramente por manipulação destes locais ou pelo vento, contaminando alimentos e ou água, sendo então ingeridos. 
Ciclo biológico: Ciclo monoxênico; a fêmea produz grande quantidade de ovos (3.000 a 14.000 /dia) que chegam ao exterior junto com as fezes.  Em condições adequadas com temperatura em torno de 20º C a 30ºC,  alta umidade, a massa de células dá origem a uma larva infectante no interior do ovo  em torno de 10 a 15 dias, porém, em condições menos  favoráveis,  este período pode chegar a 30 dias. Em experiências laboratoriais, alguns ovos se mantiveram viáveis por até 5 anos, o mesmo podendo acontecer no meio ambiente.  Os ovos contendo a larva infectante  são ingeridos pelo hospedeiro , sofrem o ataque das secreções gástricas e intestinais, o que determina a eclosão larvar no intestino delgado por um dos pólos do ovo. As larvas após a eclosão,  migram para o ceco penetram nas criptas glandulares, onde evoluem para estágio seguinte em período médio de 2 dias, após retorno à luz intestinal, fixam-se a mucosa do intestino grosso, principalmente em ceco,  através de sua extremidade anterior e em torno de 70 a 90 dias, as fêmeas fecundadas iniciam sua oviposição. A longevidade dos adultos pode chegar a 6 a 8 anos, tendo porém em média apresentam média de 3 anos. 
Profilaxia: Conhecer a situação epidemiológica e definir o problema. Todas as medidas a serem tomadas, são semelhantes ao comentado na ascaridíase.