Adultos: Longos, cilíndricos, com extremidade anterior trilabiada e posterior afilada.
Ovos: Férteis. Se apresentam esféricos ou subesféricos, medindo em média 60 m de altura por 45 m de largura , sua casca é grossa com membrana externa mamilonada, que determina após absorção de pigmentos fecais coloração marrom.
Transmissão: contato com solo e/ou alimentos contaminados com ovos contendo o ovo infectante, poeira, insetos, depósitos sublinguais e via fecal-oral direta, como nos protozoários intestinais.
Habitat: Intestino delgado, podendo migrar para órgãos.
Ciclo Biológico: As fêmeas localizadas no intestino delgado, principalmente em duodeno e jejuno, liberam ovos em grande quantidade (em torno de 200.000/dia) que serão eliminados para o meio ambiente, onde os férteis através de processo de desenvolvimento, darão origem a larva de 1º estágio (L1) que sofrerá a primeira muda, no interior do ovo, se transformando em L2 e estando então capacitada a infectar um novo hospedeiro, por mecanismo de infecção passivo oral. este período no solo até a transformação em L2, pode apresentar uma ampla faixa de tempo, influenciada por fatores como temperatura, umidade e oxigenação, variando entre 2 a 12 semanas. Após a ingestão, dá-se a eclosão da L2 é aeróbia e não consegue desenvolver-se na cavidade intestinal ou tecido, o que determina a perfuração da mucosa local, por intermédio da circulação sanguínea, migra até o fígado, passando pela circulação porta intra-hepática, seguindo para o coração, sendo então carreada o pulmão. Caso à nível intestinal esta larva tenha utilizado a circulação linfática, ela não passa pelo fígado, indo até o ducto torácico, onde atinge circulação sanguínea, coração e finalmente pulmão.
Por seu tropismo pelo oxigênio, perfuram o vaso sanguíneo, onde estão situadas, bem como o alvéolo, ocorrendo ai reação defensiva inflamatória que associada a movimento ciliar e da própria larva as impulsiona para os bronquíolos onde sofrem a segunda muda, se transformando em L3, de comprimento entre 5 e 8 mm. Após 3 a 5 dias, iniciam ascensão pela árvore respiratória, auxiliadas por movimentação própria e posteriormente por movimento dos cílios localizados na mucosa do trato respiratório, fazendo a terceira muda, se transformando em L4 à nível de bronquíolos ou brônquio, já chegando a medir entre 1 a 2 mm.. Após encaminharem-se pela traquéia e laringe, chegam até a glote e caso não sejam eliminadas junto a secreção pulmonar para fora do organismo, são finalmente deglutidas com as secreções alcançando estômago e finalmente chegando ao intestino delgado, iniciam quarta e última muda que as transforma L5 (adultos jovens), já apresentando 6 a 9 mm, para posteriormente sofrerem maturação sexual e consequente condição de cópula. Em 70 a 90 dias as fêmeas iniciam a oviposição. Alguns autores, acreditam que as L3 sejam formadas em bronquíolos e as mudas em L4 e L5 no intestino delgado.
Profilaxia: Sendo o ovo extremamente resistente aos desinfetantes usuais, e o peridomicílio funcionando como foco de ovos infectantes, as medidas que têm efeito definitivo são: educação sanitária voltada principalmente para as crianças em relação a brincarem na terra e posteriormente levarem a mão a boca, a construção de fossas sépticas, detecção e tratamento dos casos positivos, lavagem e proteção dos alimentos em relação a passagens pelos mesmos de insetos coprófagos.
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